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Saúde Mental | Especialistas apontam desafios para a comunicação segura sobre suicídio

Frente Parlamentar Mista para Promoção da Saúde Mental do Senado Federal promoveu palestras sobre o assunto na Câmara

A Frente Parlamentar Mista para Promoção da Saúde Mental promoveu nesta quinta-feira (26), na Câmara dos Deputados, um ciclo de palestras sobre os desafios para a comunicação segura sobre suicídio.

O presidente da frente, deputado Pedro Campos (PSB-PE), destacou que o mundo passa por uma crise de saúde mental. O deputado disse que entre as prioridades da frente estão projetos de lei com medidas para o combate ao suicídio de crianças e adolescentes (PL 1773/22) e a promoção da saúde mental dos profissionais da saúde (PL 4724/23). "Novas legislações que possam garantir a saúde mental e que possam prevenir o suicídio.”

Fundadora do Instituto Vita, Karen Scavacini defende que os meios de comunicação tratem o tema com mais sensibilidade. Ela também já foi diretora científica da Associação Brasileira de Estudos e Prevenção do Suicídio e cita como exemplo ruim a capa de uma revista de celebridades que trouxe como manchete “A atriz que morreu por amor”. A especialista alertou para o risco de uma história como essa viralizar por conta da romantização da notícia.

Karen enumerou os erros cometidos pela publicação na abordagem do caso: colocou na capa a foto da celebridade e publicou a carta de despedida que havia sido dirigida à revista. "Suicídio de celebridade costuma receber atenção especial da mídia e quanto maior a identificação de uma pessoa vulnerável com o ídolo, maior a probabilidade de ser influenciada a fazer a mesma coisa", alertou.

Entre as recomendações da especialista para publicação de notícias sobre suicídio estão: não tratar o assunto na primeira página, tampouco usar a palavra suicídio na chamada, ou usar fotos e dar detalhes; jamais usar fotos grandes, principalmente se a pessoa que se matou for jovem e bonita; e não publicar cartas de despedida, para não servirem de exemplo.

Ela considera válido, entretanto, apresentar histórias de superação e relatos de famosos que já pensaram em pôr fim à vida ou que já perderam alguém. Outra sugestão de Karen é que reportagens sobre suicídio privilegiem entrevistas com especialistas, em vez de policiais e socorristas, e sempre que possível informem locais onde a pessoa pode procurar ajuda, como o Centro de Valorização da Vida, cvv.org.br ou telefone 188.

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Tempus

Tempus – Actas de Saúde Coletiva

ISSN 1982-8829

  • Use of therapeutic offices involving reading and dynamics as proposals for multiprofessional action in CAPS

    In view of the reformulation of the care model proposed by the psychiatric reform, the Psychosocial Care Centers (CAPS) were created through a multiprofessional team...

  • Editorial

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