Com o objetivo de conhecer perfis de travestis e transexuais do Brasil, a Unidade de Estudos e Pesquisas em Saúde da Família do Núcleo de Estudos em Saúde Pública da Universidade de Brasília (Nesp/UnB), em parceria com o Laboratório de Educação, Informação e Comunicação em Saúde (LabECoS/UnB) e instituições de ensino e pesquisa do Norte ao Sul do país, realizam "Um estudo multicêntrico sobre os perfis socioeconômicos, geográficos, culturais e de vulnerabilidades de travestis e transexuais”. A investigação é financiada pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos e por emenda parlamentar disponibilizada pela deputada federal Talíria Petrone Soares.
O estudo conta com renomados pesquisadores de todas as regiões brasileiras e realizará um levantamento nacional que subsidiará a elaboração e a promoção de políticas públicas para a superação dos desafios atuais, visando o acesso e o acolhimento dessa população aos equipamentos públicos no país. O levantamento será realizado por meio de questionário on-line (pesquisa Travestis e Transexuais) a ser compartilhado nacionalmente. Além disso, a pesquisa realizará entrevistas individuais e coletivas com travestis e transexuais, com o mesmo objetivo.
Conforme a coordenação nacional da pesquisa, todas as questões éticas e cuidados com os (as) possíveis participantes sem acesso à Internet ou não incluídos (as) digitalmente serão tomados. “Este estudo conta com coordenações nas cinco regiões do Brasil, todas com pesquisadores de experiência nacional e internacional. Pretendemos chegar ao máximo de pessoas trans e travestis, uma vez que o estudo é de suma relevância para criação de políticas públicas para essa população”, explica o coordenador da Estação João Nery (Centro-Oeste), doutor Edu Turte-Cavadinha. A previsão é que os primeiros resultados da pesquisa sejam apresentados em 2021.